CONFLITO
uma emoção absurda me atormenta
a noite se abre e se fecha
como bandeira de guerra
a noite se abre e se fecha
como bandeira de guerra
a insônia na minha caserna
em posição de sentido
não me dá tregua
em posição de sentido
não me dá tregua
a saudade se queima
se trai na essência
escancara as janelas
mas está presa e pesa
se trai na essência
escancara as janelas
mas está presa e pesa
na aragem morna
uma idéia fixa
para o mal me atiça
na esquina da rua sem saída
abandono a luta a concha
e me machuco na ponta da lança
uma idéia fixa
para o mal me atiça
na esquina da rua sem saída
abandono a luta a concha
e me machuco na ponta da lança
em sangue esmurro o vidro
como inimigo em silêncio
berro todos os medos
ao túmulo vou descendo
como inimigo em silêncio
berro todos os medos
ao túmulo vou descendo
em segredo cavo trincheiras
desfilo nos escombros
me devasso
assombro os mutilados
desmonto caveiras e armo:
desfilo nos escombros
me devasso
assombro os mutilados
desmonto caveiras e armo:
de surpresa um defunto
uma sombra num abraço
me sorri ironicamente
com várias caras e bocas fechadas
uma sombra num abraço
me sorri ironicamente
com várias caras e bocas fechadas
de corpo e alma entrego as armas
sob ameaça e defesa
de mim mesma
nas cinzas remexo
e não encontro mais nada
brasas frias fumegam
o vento sul distante e alérgico
sibila como tísico
e está morrendo comigo...
sob ameaça e defesa
de mim mesma
nas cinzas remexo
e não encontro mais nada
brasas frias fumegam
o vento sul distante e alérgico
sibila como tísico
e está morrendo comigo...
Marlene
Vieira Perez - MPerez - Fpolis, 26/06/2011
Designer DougB
Designer DougB
Linda poesia amiga!
ResponderExcluirObrigada amiga, você tem bom gosto,tb me emociono sempre que leio esta poesia épica, trágica, dramática
ResponderExcluirquase lírica na consciência da finitude, um abraço...MPerez 12/12/13