quinta-feira, 18 de junho de 2015









Que loucura ! 

Leio todos os livros
Passeando o meu espírito
Pelas estantes
De cada cosmo
Me inundo e me iludo
Me dispo e cobiço
Subo e me atrevo nas alturas
Que loucura
Arrisco e me agrido
Abro as entranhas sem pudor
E sem pensar na dor
Me rasgo
E me afogo calada
E mais nada...


MPerez – em 18/06/15 – Rio das Ostras - RJ

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A VELHA ARARA



era uma vez..?
Era uma vez um sabiá encantado,
um príncipe no passado
- Um pássaro no presente?
- Talvez.
De voz maviosa, sensual e estranha,
mágica e humana.
Profunda como o silêncio e penumbra
sacra e viril
divina e devassa.
Quase praga, epidêmica
o inconsciente vibra
paralisa
circuitos na espinha
incêndio à vista
o olhar dourado hipnótico e quente como lava
armado de sorrisos
aprisiona e cala a velha arara
- Água, água, implora a ave.
O príncipe-pássaro examina a rara caça
fingindo compromisso ecológico nega:
- Esta água está poluída para araras azuis em extinção...
Sem moral da história ?


MPerez - 11/06/15 - Rio das Ostras - RJ