domingo, 27 de abril de 2014
quinta-feira, 24 de abril de 2014
O AZULAR DO TRIO EFEMERÓPTERO
(Homenagem aos meus três filhos)
O AZULAR DO TRIO EFEMERÓPTERO
(En-lu-ta-dah-PIPA X DEMO ! – Ganha? –
Recorde ibope)
Meninos
planos
aéreos
sonhos
plenos
Sono menino
esférico
giratório
fecha os olhos
Meninos belos
da tômbola
mesa
luz redonda
surpresa
Meninos
brancos do balanço
um, dois
azul deu, três
Meio dia
coro aberto
inaugura a orquestra
meio de vida
eclode o eco
seis acordes explodem
a dois por três retinas
acedem
a clave implacável trina
arde
ilumina o sol de uma pauta
notável
melodia
ao fundo vai fechando o coro
num longo sono
adormece vazia a PIPA
acorda longe
linha aonde (?)
bateria (?)
ao vento um balão de meninos
(?)
subia, subia
A-SSU-BIA-IA-IA
consumida
enovelando-se
na trama
penosa
perdida
por um fio
desmaia esquecida
em taquaras de areia fina
da praia
varrida
delira
PIPA!
Mini-ni-n-h-o-s !?
u-m !?
A M
O O H H H
S
a-s o h!
a-m-a-m-n-o-s o
h s ã
ã ã Ã ? ! !
a
n
ah
ma-ma-ma-ma-ma-ma-ma-R ãh? ! ! !
AL ?
CA h
h? AC
C-A-CA-B-A-BA h h h
Ai
i i
Bi
b i
a Aa i
Ai !
O pesadelo
passou
a coleta
do lixo da vida
a liberta
Soltou-se PIPA LEVE-M
a PRENDA-M
de-u-s-a-pare-ce-h u
o caminho
o balão de meninos
confundiu-se
de-mo oh!
da-ma lixo?
!
/ASAH ?/ Pó-dada ! ?
n-a-v-e nada ? Ave !
Ga-ga-h!
Flor-esta-eh de Touro? PA-PA-GA-YO ? ? ! Já- jamais ! ?
EPÍLOGO ! !
Alegoria
científica
linha
de
consciência
sem rabo
a
Pipa bate
as s
a
brancas
passagens
coloridas
ab- sol-
vidas
R – astro
A – final
Céu azu - L - AR
Pandorga lúcida
Grávida de luz
três meninos homens
a-portavam no sul
Uma linha infinita soltou-se
do Azul
Os meninos grandes
sorriam míopes, míopes
_____um meteorito, um
meteorito
por um fio____
Deslumbrados seguravam firme
desistiram cansados
O trio efemeróptero
seguro
tranqüilo
da guia
seguia uma trilha
azu-l-ar-AR
O meteorito livre
não caía mais
LA-R-I-R-I-LA-LA-LAH
cantava grosso o coro
e chutava um balão roto.
Marlene Vieira Perez - MPerez - SP 9/3/77
O ESTRANHO ANIMAL
O ESTRANHO ANIMAL
(visão alucinatória)
Olhos míopes
verdes
unhas chatas
cabelo crespo
ralo
era bizarro
Chegou
falou
desmontou-se
jogou xadrez
ganhou
recolheu-se e
sumiu
voltou
fez cálculos
somou
multiplicou
explorou
subtraiu-se
e traiu
Deixou um
saldo
era todo
charme
fez jogo raro
dizia-se
doido
transpirou
pecado
soltou pelos
caros
curou-se
fugiu
era um gato
Marlene Vieira Perez - Mperez - Década de 80
COLETA PRO FUTURO
COLETA PRO FUTURO
A minha barriga deve ser magra
fofa
como uma
bolha
oca
A do meu filho-aluno-vizinho-também
O meu olho deve ser gordo para aquecer
suprir a falta da estufa
passear pelas ruas
recolher num olhar
todos os esqueletos públicos
famintos
do lixo atrofiado
de
pernas abertas
em
simbiose
espermas e óvulos
O meu olhar deve engravidar desgraças
parir esperanças desenganadas
vingadas
todos os dias
Marlene Vieira Perez - MPerez
sexta-feira, 18 de abril de 2014
LOUCA-MENTE
LOUCA-MENTE
Louco,
adoro
ser-te por-certo
és-me
cura minha Lou
a-ventura bélica
afronta do pateta
cego de-certo
Linha
in-variante
vária
de baralho raro
uma só cara
aberta de variáveis
Elevada
profunda
loucura
de
qualquer máscara
desmascara
de cara
Bendita
descoberta
Projeto
em-bala-do
grávido poeta
em explosões
de acessos
Elétrica
tempestade magnética
aonde
escondes
a
louca busca
rogada
de surpresa
acha em chamas
Num
lapso de tempo
deixas-me
em-penas-me
não
me pertences?
Enganada
loucamente
és escrava
sou o psiquiatra in-verso
tu a paciente versa-til
sobre ventri-lo-u-co
só-mente-mentirinha
preciosa
escondida
no meu templo
reinas num cantinho
Eu?
Governo
livre
sou difícil faísca
o astro apagado
a presa fácil lunática
iluminada
devasso selvagem
lírico foguete
o astro a comando nauta
dá
à louca de rápido
assalto
o lúcido momento único
da
fera-minha-bela
Certa
loucurinha do universo
loucura grande dos meus versos
in-certos
eu te amo certa-mente
sossega.
Marlene Vieira Perez - MPerez / Década de 80.
Marlene Vieira Perez - MPerez / Década de 80.
terça-feira, 15 de abril de 2014
INDULTO
Deixa a turma ir pra casa
entrega a arma
afinal quem gosta de mãe é bandido
título do meu último livro
e nós se vira bicho
com aquele machado
atrás da porta
e Jesus Cristo
do Roberto Carlos, é claro
melhor não perder tempo
e entregar o IR
a corda arrebenta
cuidado vai
vai lá comprar
aquele chocolate barato
e te coçar como um rato
pô esta vai
já foi
pro leite da criança
dos meus poemas clássicos
Marlene Vieira Perez - MPerez - 05/05/2011
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