terça-feira, 25 de março de 2014

ARRE! URRA!

ARRE! URRA!

Há homens que saem por aí falando sério
Gritam até revolução...
Com cara de pudim e filé-minhon

Outros que por terem a “cara”
Já toda revolucionada
Ao menos no discurso
Falam deliciosamente um pouco de nada

Fico olhando num canto
Os dois tipos de homens
E brinco com as variações do meu ser
Como pudim e digo:
ARRE! URRA!
Não podemos sofrer assim...

E quando realmente sofro
Encolho-me todinho
Em volta do travesseiro
E quem chegar primeiro
Terá o meu amor...

Não me sensibilizo em convulsões
Uma paz serenou na aflição
E da minha frieza tirei serenidade
Não tenho enxaquecas de responsabilidade
Meus deveres são passa-tempos
Brinco com eles de homem sério
Como quando garoto
Entrava na brincadeira de casinha
Para ser o marido...


Augusto Cezar Vieira Perez - ACVPerez
Fpolis - década de 80




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