
Hoje
madrugada
Estalando de
ontem
A cabeça
pesada
Armadilha de
teias
Negras
Olheiras
Aranhas
Arranham
vermelhas
Pintam
Tecem
Dançam
Esgotam um
cinco feminino
Há um espelho
bisotê
Importado e
virtual
Em todas as
saídas desta década
Conjetura a
boneca de cerâmica
Oca? A estopa
arde, queima, pensa...
- Quem é? – Uma mulher direita
- cheia de vírgulas
- coordenada à vida
- dos pulsos em latejos
- Cinco soltos, cinco presos
O cinco
sinistro
suga o pai
nojo ávido
morde os
lábios
respingos
masculinos
novo estilo
misto: ponto e vírgula
elimina as
fêmeas
coagula num
signo venoso
cinco machos
boceja
esterilidade de finados
cinco negro?
Reage. Dispensa os pontos
Feminina
requebra-se toda rica
liberando as
vírgulas da sua vida
pobre em
parágrafos
não se entrega
fácil
balança as
curvas. Sapateia.
Olha para o
espelho
- Quem sou eu agora?
-
Uma covarde ridícula e egoísta:-
Uma vírgula?!!
Marlene Vieira Perez - MPerez - SP década de 70
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