PRESA VIVA
Não aconselho
que me devores
a carne está rija e acre
me devolve apenas
à minha natureza desumana
abre a gaiola
e me solta no vácuo
ficarei boiando
curada no espaço
sem dores
abobalhada
novinha em folha
rodeada de amores imperfeitos
e inocentes
dos quais não tenho medo
e tu livre de mim
que dou tanto trabalho
irás caçar borboletas
pra ser feliz!
Marlene Vieira Perez - MPerez - 20/11/13
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui suas impressões: