quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Presa Viva




PRESA VIVA

Não aconselho 
que me devores
a carne está rija e acre
me devolve apenas
à minha natureza desumana
abre a gaiola
e me solta no vácuo
ficarei boiando 
curada no espaço
sem dores
abobalhada
novinha em folha
rodeada de amores imperfeitos
e inocentes
dos quais não tenho medo
e tu livre de mim
que dou tanto trabalho
irás caçar borboletas
pra ser feliz!

Marlene Vieira Perez - MPerez - 20/11/13



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