quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Virada


Virada
eu ando tão apagadinha
mancando
curvada
a um peso descomunal
do passado?!
corro na praça
descompensada
acho que é medo
dos desencantos
inesperados encontros
o coração bate fraco
desconsolado doi, doi
me consolo na virada
da poesia piada
e me espanto de não dormir
à noite comemoro
rindo rindo rindo
de mais um dia
longe dos calafrios hediondos
tomo um calmante para acudir
meu pranto



Marlene Vieira Perez - MPerez - em 16/11/2011

2 comentários:

  1. Gostei!
    Muito bonito. O verdadeiro poeta de alguma maneira sempre baila, seja da dor ou alegria. E bailar sempre nos faz mais feliz.

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  2. Obrigada amiguinha, vc está certa, criar um poema é bailar com a música que vem de dentro
    e dançar nos versos mágicos que nos revelam do avesso, há um alívio na catarse implosivsa
    que vai se expandindo no embalo da rima, parece nos esgotar do peso, a fonte é contínua,
    brota logo um novo olho d'água e desaguamos em nova poesia....MPerez

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